MILHO TRANSGÉNICO
Conclusões preocupantes
O Jornal Le Nouvel Observateur, publica os resultados de um estudo realizado ao longo de dois anos por investigadores franceses, da universidade de Caen, em 200 ratos alimentados com milho transgénico, nomeadamente o NK 603 do grupo norte-americano Monsanto. As conclusões expostas colocam gravemente em causa a inocuidade do milho geneticamente modificado. Mesmo em pequenas doses, o OGM estudado revela-se extremamente tóxico e muitas vezes mortal para os ratos. De tal forma que, caso se tratasse de um medicamento, este deveria ser suspenso imediatamente até serem realizadas novas investigações.
Os resultados são categóricos: Ao 13.º mês da experiência já se podia verificar que os ratos alimentados com milho transgénico tiveram duas a três vezes mais tumores do que os ratos alimentados sem OGM, em ambos os sexos. No início do 24.º mês, período que assinala o fim de vida destes, entre 50% a 80% das fêmeas alimentadas com OGM ficaram afectadas contra apenas 30% dos que não foram submetidos a OGM. Além disso, concluíram os investigadores, que quanto maior é a concentração desse milho na dieta dos animais, maior é a taxa de mortalidade.
Os investigadores sublinharam que a duração do estudo, de dois anos, é superior aos três meses que a Monsanto tomou como referência para apresentar as conclusões ao pedir a autorização de comercialização do produto. Um dos autores do estudo, Jöel Spiroux, sublinhou mesmo que foi a partir do quarto mês que começou a registar-se o aumento das taxas de mortalidade e dos tumores. O milho em causa não pode ser produzido na Europa, mas pode ser importado para consumo humano e animal desde 2004.